Cartomancia...

Uma das artes mais antigas, a de prever o futuro através das cartas de baralho.

Astrologia...

O conhecimento vindo do céu, a mãe de todas as “mancias”, oráculo de valor inestimável que liga os homens ao universo.

Tarô...

Arcanos e arquétipos da humanidade, a via que trás de dentro de nós a verdadeira luz, reflexo de nossas almas.

Magia...

A arte de transformar a realidade de acordo com nossa vontade... Que ela seja sábia, pois todos os desejos podem ser realizados.

Baralho Cigano...

O baralho francês de Marie Anne Adelaide Lenormand, originalmente conhecido como Petit Lenormand que percorreu o mundo como cigano.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Astrologia e Amor

Não raro, alguém me pergunta "touro combina com gêmeos?" Pra essa pergunta, só uma resposta: "Não, mas um taurino e um geminiano podem combinar!" e a pessoa fica me olhando com cara de "Hã? Acho que perdi alguma coisa".

Mapa Astral 
Humores a parte, o fato é que, como eu disse no último post, as pessoas não são apenas seus signos solares. É impossível definir um individuo, astrologicamente falando, baseando-se apenas no posicionamento do Sol, é preciso ver o mapa inteiro, com suas doze casas, seus oito planetas, duas luminárias, nodos, lilith, aspectos, movimentação, etc... Tudo isso apenas pra definir uma pessoa*, imagine então dar um veredicto sobre duas pessoas? Impossível de fazer apenas observando-se o Sol!

Tanto que, para isso, existe uma técnica astrológica, especifica, chamada sinastria. Onde dois mapas são analisados visando um relacionamento de qualquer natureza, comercial, familiar, social e, claro, o afetivo.
No entanto não é o objetivo desse post falar sobre sinastrias e sim explanar acerca de como definir, dentro de um mapa natal a vida afetiva de uma pessoa, em termos de possibilidades, facilidades e dificuldades.

Observando determinados pontos de um mapa, você pode compreender como a pessoa se emociona, o que ela gosta, qual o seu jeito de amar, aspectos sexuais e de personalidade, como ela vivencia seus romances e, claro, o que ela entende como um parceiro pra casamento e, ai entrando em previsão (que não abordarei agora), como as as coisas devem ocorrer. Lembrando sempre que nada é estático, tais potenciais, negativos e positivos, devem ser trabalhados pelo individuo, afim de que ele alcance os melhores resultados possíveis (ou não, depende dele, não do mapa).

Lembrando aos navegantes que irei apenas comentar os aspectos e características envolvendo a vida afetiva, pois tais planetas e casas possuem, evidentemente, outros significados.

Casas I, V e VII destacadas
Os planetas a serem observados são: Vênus e Marte, luminárias: Sol e Lua, Casas: VII, V e I. Além de observarmos os mesmos isoladamente, é preciso verificar as regências e aspectos feitos entre eles e demais planetas.

Ao observar planetas e luminárias, veremos suas dignidades e/ou debilidades; A casa em que caem e as  regências (naturais ou não); os signos com as quais foram investidos e os aspectos sofridos. Baseados no signos, ainda veremos sua natureza-mor, por assim dizer, através das triplicidades (ar, fogo, terra e água) e das quadruplicidades (cardinal, fixo e mutável).


Além disso, observaremos a Casa I (ascendente) que revela a personalidade da pessoa, o seu EU diante da sociedade, afinal são as personalidades que se relacionam no dia a dia; Casa V que nos fala de como a pessoa vive seus romances, suas distrações e alegrias (sem necessariamente haver compromisso) e Casa VII, ai sim estamos falando de compromisso e casamento, não mais de amor somente enquanto sentimento, mas sim de parceria e sociedade. 


Bem, podemos resumir agora os significados de cada planeta e luminária:
  • Vênus - Não há como falar de amor sem falar desse planeta. Seu posicionamento revela a forma como gostamos e amamos. Ele mostra como demonstramos nosso afeto, nossa energia afetiva;
  • Lua -  Embora o planeta anterior nos fale da forma que amamos, a Lua revela como realmente nos emocionamos, no intimo de nosso ser, a qualidade, estilo e modo como as emoções fluem para o individuo. A título de exemplo, em uma sinastria, um mal posicionamento das Vênus não é algo bom, porém, um mal posicionamento das Luas, pode se tornar um obstáculo quase intransponível;
  • Sol - Fala do interior, do verdadeiro caráter, o logos da pessoa, sendo ele a energia vital que movimenta todo o mapa, não pode ser desprezado, visto que ele, igualmente, impulsiona  a vida amorosa.
  • Marte - Revela a forma como expressamos e vivenciamos nossa sexualidade, mostra como e onde está nosso poder de "ação";
Evidente que outros planetas podem e devem ser verificados, sobretudo se eles fizerem aspectos com os acima e estiverem ou forem regentes das Casas I, V ou VII.

Vênus e o Cúpido
Talvez alguns, mais adiantados no assunto, se perguntem "E Mercúrio??", faz total sentido, afinal ele é o planeta da comunicação, porém, eu, particularmente, só o observo (numa análise afetivo-emocional, interior) caso ele esteja em alguma casa citada acima ou seja regente de uma delas e, ainda, caso faça algum aspecto com os planetas citados. Caso contrário, eu só analiso Mercúrio em uma sinastria, onde ele exerce um papel crucial.

Esse é apenas um breve esboço do como verificar a natureza afetiva de uma pessoa, como se pode observar, é muita coisa para levar em consideração além do signo solar, portanto esqueça o "Touro combina com Gêmeos?", porque com bons aspectos entre Marte e Vênus, Luas e ascendentes compatíveis.. Sim, um taurino(a) e um(a) geminiano(a) podem fazer um belo casal!!

Pax et Lux

*Para maiores informações sobre esse assunto sugiro ler o post "Sol, Lua e Ascendente"




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ocultismo, Magia e Feitiçaria.

Esse é um tema muito vasto e profundo para ser tratado em apenas um post, no entanto, vou (tentar) expor a parte básica, segundo o meu entendimento.

O mito da maçã envenenada
Quando se fala em magia, logo nos vem a mente Harry Potter, O Senhor dos Anéis, As Bruxas e seus caldeirões, etc.. Seres que fazem parte do imaginário coletivo. No entanto, bruxas e magos existem na realidade, eles estão distantes, em aparência e essência, dos personagens criados por Hollywood, são na verdade pessoas comuns, que trazem um conhecimento muito antigo, desconhecido (e muitas vezes desprezado, considerado obsoleto) pelos demais.

Porém, desprezado ou não, o fato é que todo mundo praticou ou pratica magia, até mesmo o cristão mais fanático pratica magia mental e participa, sem ter consciência, de ritos mágicos como a santa ceia/eucaristia. A magia não é e não precisa ser algo fantasioso, embora ela adquira, é verdade, contornos que beiram o reino da fantasia no mundo dos adeptos. Mas isso não o é sem motivo, o que me leva ao segundo ponto...

Os 4 mundos
Ocultismo. Existem muitas definições para essa palavra, inicialmente eu gosto de tirar dela o peso do sobrenatural e dizer simplesmente o óbvio: "é estudo das causas últimas, do oculto". Isso significa, a grosso modo falando, que por trás de todas as coisas na face da terra (e do universo) há uma essência, que gera uma ordem, uma forma pelas quais as coisas funcionam. Evidente que a ciência esclareceu muitíssimo a respeito daquilo que desconhecemos e ela própria não se opõe ao ocultismo, pois nenhuma de suas descobertas contestou o conhecimento ocultista em qualquer ponto que seja, pelo contrário, vide o fabuloso livro do prêmio nobel em física Fritjof Capra, entitulado "O Tao da Física".

O papel do ocultista é estudar e tentar alcançar essas causas últimas, muitos não são magos ou bruxos, no entanto todo mago é um ocultista. Sendo assim, temos a magia como uma forma de alcançar esse manancial secreto de forma (razoavelmente) rápida e segura. Não se trata de uma religião ou de uma crença, não é uma questão de fé nesse ou naquele deus, como fomos ensinados a compreender desde crianças. A palavra, a meu ver, que mais se aproxima, embora ainda distante, seria "técnica", pois embora o ocultismo não seja considerado uma ciência no sentido literal da palavra, ele funciona como uma.

Cabala 
Sendo assim, mui resumidamente, podemos dizer que a Magia é o estudo do oculto. Ela se divide hoje em  muito ramos, seja natural, cerimonial, etc. Esses por sua vez, se subdividem em N vertentes diferentes (thelema, R+C, wicca, umbanda, etc), porém, como eu gosto de dizer, "todos os caminhos levam a Roma", alguns mais rápidos, outros mais lentamente, no entanto tenhamos em mente que o mais importante é o caminho, trilhar algum, porque parado, é que não se chega lá.

Se a magia é o estudo do oculto, do que se trata a feitiçaria? Bem, aí o buraco é mais embaixo... Dentro da magia são praticados rituais, seu formato varia de escola para escola, mas é certo que todos os praticam, da alta magia a baixa. Pratica-se magia pra unir-se ao divino, pratica-se magia pra equilibrar energias, pratica-se magia por motivos variados e, claro, dentro de algumas escolas, pratica-se magia também pra conseguir isso ou aquilo objetivamente falando, porém, quando se está numa escola/ramo mágico, conseguir algum bem não é o propósito final e tal recurso só será utilizado caso (e de forma que) não haja prejuízo ao mago, pois há, acima de tudo, a preocupação com a parte espiritual e energética da pessoa, em teurgia traduzimos isso dizendo que "O que não te aproxima do Sagrado Anjo Guardião, te afasta" e isso posso dizer, sucintamente, que não é bom, nem o objetivo da magia em si.

A Roda do Ano
A feitiçaria seria (além de outras considerações mais técnicas, que não caberão nesse post) utilizar-se de recursos mágicos visando única e exclusivamente o "resultado" (geralmente material) em si. Note que aqui há uma diferença proposital entre "feitiço" e "feitiçaria". Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, pois em magia natural, por exemplo, existem feitiços para evolução espiritual e, dentro de um ramo sério, em caso de feitiços visando resultados materiais também há preocupação em não comprometer a pessoa. Em outras palavras, isso significa que fazer um "feitiço" dentro de determinado sistema não é o mesmo que ser feiticeiro. Complicado, não é? Porém, a grossissímo modo falando, essa é a base para determinar a cor da magia: branca, negra ou cinza.

Isso me leva a seguinte conclusão, se você pretende ser um mago, inicialmente, tire o glamour da coisa, você não dirá uma palavra mágica com a varinha na mão e todos os problemas desaparecerão, aliás, nem com varinha, nem com caldeirão, nem com o ritual mais elaborado do mundo... Você terá que estudar, e muito, para não confundir alhos com bugalhos e terá que praticar a saudável arte de filosofar, pois, como disse sabiamente Israel Regardie "Se você não controla a si próprio, como pretende controlar as forças da natureza?"


A verdadeira magia é praticada de dentro pra fora, corpo, alma, razão e espirito em ação homogênea, visando unir-se ao divino, e ai sim, nascerá a verdadeira vontade, pois, parafraseando Aleyster Crowley "Tu não tens o direito senão fazer a tua vontade. O amor é a lei, amor sob vontade"

Pax et Lux